quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Meninas boas vão para o céu... Meninas más vão pra onde quiserem...

Desde que terminei o curso de Letras há alguns anos (mentira! muitos anos! 11 pra ser mais precisa), tenho tentado me manter fiel à leitura e isso não é tarefa fácil. Mulheres modernas têm que fazer malabarismos para serem modernas. Mesmo as que não têm filhos (como eu!), acabam tendo triplas jornadas, especialmente se forem professoras (como eu também!). E por serem professoras, nesse caso, deveriam ler o tempo todo, mas nem sempre têm tempo! Santa contradição!

Então, a fila do banco, a viagem pro trabalho, a espera no dentista, todas essas migalhas de tempo fracionado, dependem de um esforço, de uma disciplina quase jesuítica pra não serem desperdiçadas.

Nesse caso, eu me contento com migalhas. E devoro com fome de tudo.

É o que Mario Vargas Llosa está me ensinando com o seu "Travessuras da Menina Má". É um romance delicioso, de narrativa concisa e cheio de tudo o que mais gosto numa boa história: amor sem pieguices, mas com emoção; pano de fundo histórico; detalhes na medida certa, capazes de nos fazer estar no lugar descrito: Peru, Paris, Londres, Tóquio... e o que mais houver nessa incansável busca pela felicidade, ou pela sobrevivência útil, de Ricardito e sua chilenita. Ela vai pra onde quiser...

E eu, vou até onde Llosa me levar...