Normalmente, nas minhas abordagens de campanha, sempre encontro a
maioria absoluta das pessoas bem receptiva e certas ou propensas a votar
em Dilma.
Hoje, voltando pra casa, num ligeirinho, puxei assunto com o motorista. Ele desconversou, mas disse que é 'contra tudo que aí está'. Eu já nem quis alongar mais papo.
E eis que uma senhora desperta pra conversa no banco de trás e eu, inocentemente, imagino que ela irá dizer "É claro que temos que votar em Dilma, ela fez tanto por esse bairro, veja quantas unidades do Minha Casa, Minha Vida..."
Mas, nãaaaaaao... O que ouvi foi algo do mais alto grau de coxinhagem, de pensamento conservador e reacionário.
"Você acha certo homem dormir com homem e mulher com mulher?"
Eu: "Hã?"
"É isso mesmo. Ela é a favor disso."
Eu de novo não quis entrar no embate, gastar minha rica energia vital com coisas insolúveis em um tempo tão reduzido. Mas, ainda tive que ouvir:
"Ela vai é pro inferno. E todo mundo que vota nela também."
Limitei-me a dizer: "Não tem importância. Eu não acredito no inferno."
E desci.
E desci.